terça-feira, 5 de outubro de 2010

O PAPEL DO DIVULGADOR NO GÊNERO DISCURSIVO DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: UMA QUESTÃO ÉTICA E ESTÉTICA.


Urbano Cavalcante Filho[i]
Instituto Federal da Bahia (IFBA)/
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)


A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros.
Se ela se apóia sobre mim numa extremidade, na outra apóia-se sobre o meu
 interlocutor. A palavra é o território comum do locutor e do interlocutor.
Mikhail Bakhtin

Para início de conversa...

A noção de gênero discursivo, retomado das antigas retórica e poética, bem como as análises de gêneros diversos tem sido objeto de reflexão e estudo de numeras escolas e vertentes teóricas. Dentre os diversos estudiosos, dos mais diversos campos do saber, que vai desde à nova retórica até a abordagem sistêmico-funcional, da linguística de corpus até à reflexão bakhtiniana, passando pelos críticos literários, retóricos, sociólogos, cientistas cognitivistas, linguistas computacionais, professores, analistas do discurso, comunicadores, dentre tantos outros, o estudo dos gêneros foi, dessa forma, uma constante temática que interessou os antigos e tem atravessado, ao longo dos tempos, as preocupações, principalmente, dos estudiosos da linguagem. Nas palavras de Marcuschi (2008, p. 147):

O estudo dos gêneros textuais não é novo e, no Ocidente, já tem pelo menos vinte e cinco séculos, se considerarmos que sua observação sistemática iniciou-se em Platão. O que hoje se tem é uma nova visão do mesmo tema. Seria gritante ingenuidade histórica que foi os últimos decênios do século XX que se descobriu e iniciou o estudo dos gêneros textuais. Portanto, uma dificuldade natural no tratamento desse tema acha-se na abundância e diversidade das fontes e perspectivas de análise. Não é possível realizar aqui um levantamento sequer das perspectivas teóricas atuais.

            Nossa conversa nesse círculo também se insere nesse grupo que objetiva se debruçar no estudo dos gêneros, à luz dos postulados bakhtinianos. Dentre a infinidade de gêneros que estão em circulação na sociedade e que produzimos cotidianamente, na medida em que das mais diversas são nossas atividades de linguagem, nossa reflexão aqui debruçar-se-á no estudo sobre o gênero Divulgação Científica (DC), lançando reflexões, ainda que de forma breve, sobre o princípio do dialogismo, da ética e da estética, além de pensar o papel desempenhado, dialógica e dialeticamente pelo divulgador, como aquele que fala para o outro e para o outro.

Conversando sobre os gêneros discursivos

Desde Platão e Aristóteles, a noção de gênero discursivo vem sendo uma preocupação constante entre os estudiosos da linguagem, haja vista as várias classificações que têm aparecido ao longo dos tempos. “Essa preocupação com a questão do gênero tem resultado numa variedade de abordagem – o que se atesta pela metalinguagem utilizada; tem-se usado às vezes indistintamente os termos: gêneros textuais, tipos de discurso, tipos textuais, modos/modalidades de organização textual, espécies de texto e de discursos etc.” (BRANDÃO, 2003, p. 35). Dessa forma, essa questão do gênero foi preocupação primeira da poética e da retórica e não da linguística. Sobre isso, Brandão (2003, p. 35) elenca duas razões: primeiro, porque a linguística, enquanto ciência específica da linguagem, é recente, e depois porque a preocupação inicial foi com as unidades menores que o texto (a exemplo do fonema, da palavra, da frase). Na medida em que ela passa a se preocupar com o texto, começa a pensar na questão da classificação. Essa preocupação se torna crucial quando ela deixa de trabalhar somente com textos literários, mas se volta também para o funcionamento de qualquer tipo de texto.
Em seus escritos, o linguista russo Mikhail Bakhtin (1997) focaliza sua reflexão no caráter social dos fatos de linguagem. Nessa perspectiva, o enunciado é encarado como produto da interação verbal, determinado tanto por uma situação material concreta como pelo contexto mais amplo que constitui o conjunto das condições de vida de uma dada comunidade linguística. Dessa forma, o autor insiste sobre a diversidade das atividades sociais que são exercidas pelos diversos grupos e, consequentemente, sobre a multiplicidade das produções de linguagem ligadas a essas atividades. Isso nos permite dizer que é impossível a comunicação verbal a não ser por algum gênero, assim como também é impossível se comunicar a não ser por algum texto. Dito de outra maneira, a comunicação verbal só é possível por algum gênero discursivo[ii]. Essa é uma posição defendida por Bakhtin (1997), ao tratar a língua em seus aspectos discursivos e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais e estruturais. Com essa noção, Bakhtin ratifica a concepção de encarar a linguagem como um fenômeno social, histórico e ideológico, definindo um enunciado como uma verdadeira unidade de comunicação verbal.
Dessa forma, Bakhtin estende os limites da competência linguística dos sujeitos para além da frase na direção dos “tipos relativamente estáveis de enunciados” e do que ele chama “a sintaxe das grandes massas verbais”, isto é, os gêneros discursivos, os quais temos contato e vivemos imersos desde o início de nossas atividades de linguagem.
Entendendo, pois, os gêneros do discurso como “tipos relativamente estáveis de enunciados”, é notório que esse conceito de gênero está integrado à atividade social de utilização da língua, que sofre uma regulação das condições e finalidades de cada uma de suas esferas da atividade produzida pelos seres humanos nas situações comunicativas relativamente estáveis a que estão integrados.
Ainda pensando no aspecto “relativamente acabado” dos gêneros, poder-se-ia resumir a discussão em torno de tal temática da seguinte maneira: os gêneros, segundo essa visão bakhtiniana, são resultados da fusão de três dimensões constitutivas, como bem sinaliza Bakhtin: i) o conteúdo temático ou aspecto temático - objetos, sentidos, conteúdos, gerados numa esfera discursiva com suas realidades socioculturais -, o qual tem a função de definir o assunto a ser intercambiado; ii) o estilo verbal ou aspecto expressivo - – seleção lexical, frasal, gramatical, formas de dizer que têm sua compreensão determinada pelo gênero -; iii) a construção composicional ou aspecto formal do texto – procedimentos, relações, organização, participações que se referem à estruturação e acabamento do texto, que sinaliza, na cena enunciativa, as regras do jogo de sentido disponibilizados pelos interlocutores.

Conversando sobre o dialogismo...

Já sabemos, a partir de nossas leituras de Bakhtin, que o dialogismo é um princípio constitutivo da linguagem e intrínseco a mesma. Partindo da concepção bakhtiniana, Barros (2003, p. 02), afirma que o processo dialógico da linguagem pode ser entendido sob dois aspectos: o da interação verbal entre o enunciador e o enunciatário do texto; e o da intertextualidade no interior do discurso. Nesse sentido, a partir dessa dualidade, pode-se pensar o dialogismo nas seguintes dimensões.
Na primeira dimensão, a linguagem é o elemento que estabelece a relação entre os seres humanos e propicia a experiência da intersecção ou interação entre interlocutores. Assim, o homem encontra-se numa relação dialógica entre o eu e o tu/outro. O eu não existe senão em abertura para o outro, estabelecendo, deste modo, uma relação de alteridade, fundamental à noção de dialogismo.
Já na segunda dimensão, percebe-se que o indivíduo não é a origem do seu dizer. Em outras palavras, o sentido não é originado no instante da enunciação, ele faz parte de um processo contínuo, em que “tudo vem do exterior por meio da palavra do outro”, sendo o enunciado “um elo de uma cadeia infinita de enunciados, um ponto de encontro de opiniões e visões de mundo”.
Nos textos de DC, o processo de interação entre comunidade científica e interlocutores - os leitores - corresponde ao eu e ao(s) outro(s) respectivamente. De um lado, é a comunidade científica, que até algumas décadas portava-se de forma hermética, revelando, através de um divulgador, as descobertas científicas para a comunidade em geral, que, de outro lado, necessita do saber científico para entender melhor as mudanças que vêm ocorrendo com o próprio ser humano e com o meio ambiente que o circunda.
Dentro da concepção dialógica, Bakhtin (1997, p. 290) ressalta que, assim como nos diálogos, os textos pressupõem uma atitude responsiva ativa do leitor, podendo ser fônica ou em forma de um ato, no caso de uma ordem dada, por exemplo. Isto implica que todo enunciado tem um caráter de resposta a algo dito, seja naquele momento ou anteriormente.

O gênero Divulgação Científica

Podemos caracterizar a Divulgação Científica, considerada como um processo de difusão de pesquisas e teorias em âmbito geral, como a re-enunciação de um discurso-fonte (D1) elaborado por “especialistas” e destinado a seus pares em um discurso segundo (D2) reformulado por um divulgador e destinado ao “grande público” (D3). Entendendo-se D1 como discurso da ciência, D2 – divulgação científica e D3, discurso do cotidiano.
Constitui-se tarefa não muito simples definir o texto de Divulgação Científica (daqui em diante DC), pois, de acordo com Sanches Moura (2003, p. 13), “cada divulgador tem sua própria definição de divulgação”. No entanto, é sugerido o seguinte conceito operativo: “a divulgação é uma recriação do conhecimento científico, para torná-lo acessível ao público”.
Nesta perspectiva, destacamos como principal eixo teórico, o trabalho de Authier-Revuz (1998) sobre Divulgação Científica. Na concepção dessa autora, o texto de DC é uma associação do discurso científico com o discurso cotidiano, sendo que este último favorece a leitura por parte de um número maior de leitores. A autora conceitua divulgação científica como:

uma atividade de disseminação, em direção ao exterior, de conhecimentos científicos já produzidos e em circulação no interior de uma comunidade mais restrita; essa disseminação é feita fora da instituição escolar-universitária, não visa à formação de especialistas, isto é, não tem por objetivo estender a comunidade de origem (p. 107).

Constitui, portanto, o texto de DC a interseção entre dois gêneros discursivos: o discurso da ciência e o discurso do jornalismo, este último visto como o discurso de transmissão de informação. Para Campos (2006, p. 1) esse gênero “é considerado como realização enunciativa marcada pela ação de quem é colocado na posição de um ao falar pelo outro (o especialista) para o outro (não-especialista)” (grifos do autor).
Noutras palavras, o eu refere-se ao divulgador que utiliza uma linguagem discursiva para se aproximar do outro – o público (não especialista), a partir das informações de um outro – o especialista (o cientista/ciência).
Entende-se, com isso, que a DC é uma prática eminentemente heterogênea na medida em que incorpora no seu fio discursivo tanto elementos provenientes daquele que lhe serve de fonte – o discurso científico – quando daquele que pretende atingir – o discurso jornalístico. É, portanto, no limiar entre uma e outra prática discursiva, no espaço do interdiscurso, que a atividade de DC se desenvolve. O diálogo, o contato com o seu exterior discursivo é, aqui, o elemento chave na compreensão do que vem a ser este gênero discursivo.

O papel do divulgador: uma reflexão ética e estética

Pensar o gênero divulgação científica exige que pensemos também a respeito da importância que exerce, na mediação da enunciação do especialista em interação com a enunciação do não especialista, a mediação nessa experiência de linguagem da figura do divulgador.
Na caracterização do gênero divulgação científica, percebemos a interação que marca a enunciação do especialista com a enunciação do não especialista, mediado pela enunciação do divulgador. Nessa articulação, segundo Campos (2006, p. 11):
DV [divulgador] assume a posição de um para tentar, discursivamente, fazer a aproximação do outro (Ciência) ao universo do outro (Público), e vice-versa, constitui a enunciação ternária, ou seja, a enunciação do gênero Divulgação Científica, que se realiza com a mediação, praticada por DV, no jogo interativo de linguagem. Aqui, DV articula a enunciação primária (enunciação do especialista) com a enunciação secundária (enunciação do não especialista). Tal conjunto de experiências de linguagem, ou de gênero, vem marcado, dialogicamente, por uma dupla exterioridade e uma dupla excedência. Ou seja, ao dizer, emblematicamente, eu falo pelo outro para o outro, assume o seu propósito discursivo de produzir um texto que promova a aproximação de uma enunciação a outra.

O que se observa, no gênero divulgação científica, a partir do papel desempenhado pelo divulgador, já que ele fala do outro para o outro, é que, ao ser constituído, o uso dialógico da linguagem entre duas enunciações – a do cientista e a do jornalista – gera, de modo criativo uma nova enunciação: a enunciação da divulgação científica.  Assim, temos o divulgador assumindo duas exterioridades: uma exterioridade, por conta do discurso, da enunciação da ciência; e uma outra exterioridade, esta referindo-se ao discurso, à enunciação do jornalismo. Dessa fusão, o divulgador assume uma outra exterioridade, aquele que, a partir da mescla das duas enunciações, articula um novo projeto de produção de sentido, onde o lugar de enunciação, a intenção comunicativa e o papel social ocupado pelo enunciador (divulgador) assume características próprias nesse ato de linguagem. 
A atividade do divulgador cientifico, antes de ser mera adaptação daquilo que foi formulado pelo discurso científico, é antes de tudo, um verdadeiro trabalho discursivo. O trabalho do divulgador é resultado de um gesto interpretativo do discurso da Ciência e não apenas uma reformulação do discurso da Ciência. O modo como o divulgador vai elaborar seu discurso depende essencialmente do contexto discursivo em que se inscreve, o que inclui, como vimos, não apenas o meio através do qual o seu artigo será veiculado, mas essencialmente o interlocutor a quem este se dirige.
O espaço ocupado pela enunciação do divulgador é o espaço do interdiscurso, um espaço de conciliação entre duas forças enunciativas: de um lado, a enunciação científica, de outro, a enunciação jornalística. O papel do divulgador é, portanto, de articulador, conciliador das enunciações que são produzidas socialmente e que, para chegar ao público como “acessível” precisa ser reconfigurada, re-criada. O que temos aí, não é mera forma de reformulação discursiva, mas essencialmente a formulação de um novo discurso (ZAMBONI, 1997, p. 28), com características e finalidades próprias.
Nessa altura da conversa, precisamos pensar na responsabilidade do divulgador como aquele que fala pelo outro e para o outro sob o prisma da questão ética e estética.
Nas palavras de Bakhtin, “cada um de meus pensamentos, com o seu conteúdo, é um ato singular responsável meu; é um dos atos de que se compõe a minha vida singular inteira como agir ininterrupto [...] cada ato singular e cada experiência que vivo são um momento do meu viver-agir” (2010, p. 44). Ou seja, Bakhtin postula que se cada sujeito ocupa um lugar singular e único, esse sujeito apresenta-se, portanto, como responsável pelos seus atos. Assim, o ato ético corresponde a um conjunto de obrigações e deveres concretos, é o agir no mundo, ligado diretamente à realidade.
Ora, levando em consideração às observações feitas por Zamboni (2001) e Leibruder (2003), a respeito das características dos textos de divulgação científica, lançamos os questionamentos:
Se não for pelo viés ético, como um divulgador legitimará seu ponto de vista ao tratar da questão da objetividade num texto de DC em relação à voz do cientista? Como tratará a questão da objetividade e o apagamento do sujeito num texto que se deseja de caráter universal e neutro?
     Ainda, se a concepção estética bakhtiniana é resultante do processo que busca representar o mundo ponto de vista da ação exotópica, envolve a representação do mundo sob o prisma do sujeito, pensamos que o divulgador, no momento em que “traduz” o discurso científico para os leitores, só o faz possível através de sua posição exotópica. Por isso é que perguntamos, ainda com base nas reflexões de Zamboni e Leibruder, como faz o divulgador, na construção de seu objeto estético, estabelecer um apelo à leitura através de um título que atraia a atenção do leitor? Como fazer para se ter um produto estético atrativo ao leitor? Quais estratégias utilizar para tornar apresentar um discurso com traços de didaticidade, com o uso, por exemplo, de explicações, exemplificações, definições, sem perder de vista, o verdadeiro sentido dos enunciados, que nasceram no âmbito do discurso científico?
            Assim, percebemos que ética e estética, dois postulados importantíssimos nas reflexões bakhtinianas, não podem ser vistos isoladamente ao se pensar a constituição e natureza do gênero DC. Afinal, tanto ética quanto esteticamente, o sujeito é responsável pelo seu dizer. Isso vale para o cientista, o jornalista e também para o divulgador.

Para (in)acabar a conversa...

            Com essas colocações sobre o gênero discursivo DC, uma questão que surge é que, ao se refletir sobre o papel da ciência tal como ela se constitui hoje, numa sociedade como a nossa, implica pensar também numa discussão que deve levar em conta não só a produção do conhecimento científico, mas também a sua transmissão e a sua reprodução, com um olhar para as questões ética e estética que permeiam nossas ações no mundo.


Referências

AUTHIER-REVUZ, J. Heterogeneidade(s) enunciativa(s). In: Cadernos de Estudos Lingüísticos, Campinas, n.19, p. 25-42, jul./dez. 1990.

______. A encenação da comunicação no discurso de divulgação científica. In: –––. Palavras incertas: as não-coincidências do dizer. Campinas: Unicamp, 1998.

______. Dialogismo e divulgação científica. In: RUA n° 5. Revista do NUDECRI. Unicamp. Campinas, 1999.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

_____. Para uma filosofia do ato responsável. Trad. de Valdemir Miotello e Carlos Alberto Faraco. São Carlos. Pedro & João Editores, 2010.

BARROS, D. L. P. Dialogismo, Polifonia, Enunciação. In: Barros, D. L. P. E Fiorin, J. L. (orgs.) Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade. São Paulo: EDUSP, 2003.

BRANDÃO, Helena Hathsue Nagamine. Gêneros do discurso e formas de textualização. In: MACEDO, Joselice; ROCHA, Maria José Campos; SANTANA NETO, João Antônio de. Discursos em análise. Salvador: Universidade Católica do Salvador. Instituto de Letras, 2003. p. 35-51.

BRONCKART, Jean-Paul. Atividades de linguagem, textos e discursos. São Paulo: EDUC, 1999. p. 137-216.

CAMPOS, Edson Nascimento. O diálogo do espelho. In: O eixo e a roda. Belo Horizonte, v. 12, p. 301-309, jan/jul. 2006. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/poslit

LEIBRUDER, Ana Paula. O discurso de divulgação científica. In: BRANDÃO, Helena Nagamine (Coord.). Gêneros do discurso na escola. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

______. MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

ZAMBONI, Lílian Márcia Simões. Heterogeneidade e subjetividade no discurso de divulgação científica. 1997, 200f. Tese (Doutorado em Lingüística)- Instituto de Estudos da Linguagem, UNICAMP, Campinas.





[i] Graduado em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Especialista em Leitura e Produção Textual (UESC), Mestre em Cultura e Turismo (UFBA/UESC), Mestrando em Letras: Linguagens e Representações (UESC), Professor de Língua Portuguesa do Instituto Federal da Bahia (IFBA), Campus Valença.

[ii] Há uma oscilação terminológica entre os termos gênero textual e gênero discursivo. São termos considerados equivalentes pelos autores que abordam o assunto. Nesse trabalho, portanto, optamos por utilizar a noção de gênero por esta está “associada à de discurso (gênero de ou do discurso) e a noção de tipo, à de textos (tipos textuais ou tipos de textos) e, conseqüentemente, a dimensão textual aparece subordinada à dimensão discursiva” (BRONCKART, 1999, p. 139, grifos do autor).

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